segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

Resenha Opinativa - Alexander McQueen

   Bonjour! Cá estou com meu primeiro post do ano aqui no blog, trazendo uma resenha da tribute Alexander McQueen + algumas curiosidades reais sobre a coleção (que olheeeee, é fascinante!).
   Antes de mais nada, preciso te contar que há sempre uma história por trás de cada coleção. E a coleção primavera-verão 2019 da grife Alexander McQueen foi inspirada na combinação entre vulnerabilidade e força, contando também com dever, liberdade e resiliência. 
Vê-se bastante referência ao mar com formas de concha, rede e a leveza do bege e off-white combinados com bordados, muitos babados e florais.
Itens exuberantes, arrojados e hiper-femininos não ficam de fora. A estilista responsável, Sarah Burton, fez uma imersão com sua equipe em vilarejos antigos no interior da Inglaterra, visitando vários santuários pagãos para entender o que aconteceu por lá e se inspirarem no visual.


1° Manequim

Terno: Começamos com um terninho lindo e seu decotão em V. Achei a peça incrível e elegante, me chamou muita atenção os recortes belíssimos ao final das mangas, deu um total charme! Mas pra te falar a verdade, dificílima para montar diversos looks. Não é aquela peça coringa, sabe?! 
Montei um look na Pattre
Calça: Diferente do terninho, essa calça preta SIM é uma peça coringa. Com ela, a variação de looks é infinita. O único ponto negativo (ou não) é que no jogo podemos encontrar calças parecidíssimas em massa. 

Body Chain: Essa espécie de cinto, colar, broche para o corpo não me agradou muito, mas há quem goste.
Botas: A botinha preta com mini detalhes em metal é um verdadeiro charme! Logo imagino um look black total com essa botinha como protagonista. 

2° Manequim

Vestido: Pense num bordado lindo! O gráfico ficou realmente bom e o vestido romântico é elegância pura! A alfaiataria bem feita é destaque da coleção. 

Cinto: Uma espécie de Corset, é um cinto arrojado que modela a cintura e dá um toque de "força". Achei belo!
Botas: UAU! À princípio eu não tinha curtido muito, mas fiquei analisando e no final, AMEI! Sabe aquelas tatuagens de hena?! Pronto! Achei bem similar aos desenhos bordados nessas botas. Sendo que, os desenhos bordados são na realidade, talismãs medievais. 

3° Manequim

Vestido: Não usaria! Não gostei do vestido vulgar, mas achei todo conceito muito bonito. O interessante é que o vestido em renda frágil representa a vulnerabilidade. E quando a diretora-criativa da grife o fez, disse que combinando o vestido com um blazer em couro preto, poderíamos ver claramente a combinação perfeita entre a vulnerabilidade e a força feminina. Para a criadora, o desfile em geral "foi sobre irmandade, sobre os marcos e rituais das mulheres: nascimentos, batizados, casamentos, funerais. É sobre ser forte e emocional, é OK mostrar vulnerabilidade sem ter que ter sempre um rosto corajoso".
Bota: Mais uma botinha linda! Foi a minha preferida e já me pus a montar um look com ela, saca só: 

4° Manequim

Macacão: Menswear não fica de fora! O macacão repleto de zíperes, recortes e bolsos ganhou meu coração! É uma peça diferente e inusitada, eu com certeza usaria! E te conto mais: "Eu sinto que McQueen é sempre sobre uma narrativa, é sobre uma beleza, uma elegância, uma crueza: uma escuridão e uma luz. Não é sobre streetwear." explicou Sarah Burton, a estilista da marca. 
O show masculino da coleção fez referências ao artista Francis Bacon e o fotógrafo John Deakin. Ambos eram habitantes do Soho dos anos 50, um espaço livre ilícito na Grã-Bretanha, onde a homossexualidade era ilegal e ambos eram gays. 
Sapatos: Interessantes. Uma união entre social + esportivo, mostrando novamente a dualidade que a marca quer mostrar. Interessante que, no desfile da coleção, looks que pareciam pela metade (blazer costurado com trench coat, camisa com colete, branco e preto) foram destaques. Alguns modelos foram pintados da cabeça até a cintura com desenhos coloridíssimos e vestiam só a calça dos macacões (como se estivessem saindo do casulo).

5° Manequim

Vestido: Pura renda! Achei divino, super leve e lembra bastante uma saída de praia.
Top: Uma das peças que mais me agradou! O melhor é que o top em couro é preto, que acaba virando uma peça coringa pra mim, hahaha. Para quem sempre acompanhou as coleções da marca britânica, é sabido que o objetivo em valorizar a feminilidade foi sempre uma meta. A preocupação com a modelagem perfeita, no intuito de valorizar as curvas do corpo feminino, foi um legado de seu grande fundador Lee Alexander McQueen, cuja carreira como designer teve seu início como alfaiate. 
Botas: Impecáveis! Os "botõezinhos" na lateral das botas deixaram-as românticas e ao mesmo tempo modernas.
Bolsa: Par de jarro das botas do 2° manequim, a bolsa com detalhes em renda é uma fofa!
1° Manequim

Suéter: Achei estranho, não me agradou! Mas preferiria que não tivesse o pequeno detalhe bordado nos ombros.

2° Manequim

Vestido: Simplesmente VITORIANO! Vê só esse floral e os babados, a pegada vitoriana desse vestido é nítida! E falando nisso, uma inspiração para a coleção veio da minha xará Mary Anning. Mary viveu na virada do século 18 pro 19 na Inglaterra e ficou conhecida por ser uma paleontóloga prodígio: aos 12 anos, descobriu e identificou o primeiro fóssil de ictiossauro da história. Ganhou a vida vendendo fósseis encontrados na, que hoje, é conhecida como Costa Jurássica do Canal da Mancha. E isso serve de justificativa pra estilista Sarah Burton fazer uma das coisas que sabe muito bem: look vitoriano modernizado!

3° Manequim

Camisa de Gola: Uma camisa social bem bonita, aprovada no selo Mary de qualidade!

Terno: Achei tão bacana que o graffiti foi referência ao artista Francis Bacon e o fotógrafo John Deakin, onde já mencionei que foram inspiração para a coleção. Com os dizeres das notas de imprensa "A alfaiataria forma a espinha dorsal dessa coleção". Na Grã-Bretanha, de onde McQueen, é claro, vem, a espinha dorsal é um eufemismo para a coragem, a resiliência e o dever. Por fazer algo com que ninguém necessariamente se importa, mas deve.
Calça: Conjunto do terno, achei "cool" e com história.

4° Manequim

Jaqueta: MARAVILHOSAMENTE MARAVILHOSA! Esse toque de feminilidade florais numa peça em couro forte ficou incrível! E vê-sê que a missão de apoiar o sexo feminino sempre foi uma preocupação, um legado que o próprio McQueen imprimiu nas suas criações. 
As flores da coleção, em geral, são de fotografias tiradas das cercas-vivas nos pântanos salgados de Somerset, onde a grande lenda do Rei Arthur e os Cavaleiros da Távola Redonda supostamente teriam acontecido! 
Botas: A última bota não poderia deixar de ser mais um LACRE!

5° Manequim

Insect Chocker: UM ITEM EM SC! Não gostei mas comprei (hahaha aquelas, né) porque é em sc. O ruim é que é exclusivo para Roy (choremos).

Vestido: Olha a quantidade de recortes que esse vestido tem! Surreal como é, de fato, inspirado em uma guerreira. A alfaiataria tem recortes estratégicos, a forma do quadril - não só nessa peça - lembra a Era Vitoriana e o item brinca com leveza e rigidez.
   E é isso, basicamente a coleção apresenta uma mulher do tipo deusa guerreira, misturando sua força e pureza com ares de época. Aparecem também vestidos dos anos 20 com talismãs medievais bordados, bastante transparência, couro, corset, cintos marcando a cintura e dando volume ao quadril.
Para os boys, foi de expressar ainda mais a dualidade e o conflito interno. A estilista da grife fez questão de homenagear o artista Francis Bacon e o fotógrafo John Deakin. Ambos homossexuais e habitantes do Soho dos anos 1950, onde a homossexualidade era ilegal.
Por fim, o legado de Alexander McQueen continua vivo seja dentro como fora do mundo da moda.

"Você tem que conhecer as regras para poder quebrá-las. É por isso que eu estou aqui, para demolir as regras e manter a tradição ao mesmo tempo".

 Com rebeldia de um lado e história do outro, McQueen era aficionado pela Era Vitoriana e sua marca registrada era o domínio de trabalhar com opostos: vida e morte, melancolia e beleza, luz e escuridão. Isso e também a originalidade da construção de suas peças, sempre com um elemento surpresa. Após sua morte, em 2010, coube à estilista Sarah Burton (que foi assistente de McQueen por 14 anos) continuar o desafio.
Aclamada pela crítica, Sarah manteve vivo o estilo do estilista Alexander, ressaltando o artesanato em suas roupas e adicionando toque de feminilidade.
Foi isso! Espero que tenham curtido, e não esqueçam de me contar quais peças gostaram, quais não, quais compraram ou pensam em comprar! 

Beijinhos no ar!

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