Stardoll Truques: Túnel da Moda: 1910s

Bonjour!

Hoje dou início ao meu novo quadro aqui no blog: Túnel da Moda.
E começo te perguntando: Qual a distância entre moda e história?
Se você acredita que há, sinto-lhe informar que não é bem assim.
A moda e a história andam lado a lado e ao invés de distâncias, existem pontes e reflexos.
A moda é como o espelho de Narciso, onde a identidade aparece refletida junto com a sua história.
Mas você já parou para pensar nos motivos que levaram a moda a ter um papel tão importante no desenvolver de uma sociedade? Ou como a moda do passado influência a moda de hoje?
Bom, ao longo deste projeto iremos descobrir juntinhxs um pouco (ou muito) mais sobre MODA.
E claro, com aquele toque especial de uma boa história e do Stardoll.

Antes de começar a falar sobre a moda dos anos 10, eu gostaria de contar, por cima, sobre como tudo começou.

A palavra moda vem do latim “modus” e significa costume, maneira ou comportamento.

Segundo antropólogos, o surgimento da roupa está relacionado à necessidade manifestada pelo ser humano de esconder a nudez e de se proteger do frio, da chuva e do calor. E é de se entender.

As vantagens em utilizar pele animal (O que hoje devemos abolir) logo foram descobertas pelos nossos ancestrais. Além do frio, era possível se proteger de pedras e espinhos.

E já dando um salto na história, chegamos ao surgimento da tecelagem na Mesopotâmia.
Na época, a roupa era enrolada ao corpo e era possível manter a cor original ou tingir o tecido com diferentes cores.

Dando um pulo ainda maior, podemos falar que a Renascença se destaca na história da moda por representar um período em que homens e mulheres se preocupavam em evidenciar certas características de seus corpos.

Os homens usavam roupas que deixavam seus ombros visivelmente mais largos e as mulheres buscavam uma forma semelhante ao do violão. O interesse das mulheres por suas cinturas foi essencial para o surgimento do corpete, o antecessor do nosso conhecido espartilho.

E um outro fator muito importante na história da moda, foi com a chegada da Primeira Guerra Mundial. É justamente da moda deste período que iremos falar agora.

Desde 1900, a moda era mais extravagante. But, aconteceu uma parada brusca com a eclosão da Primeira Guerra Mundial (1914-1918).

O estilo que antes era marcado pelo luxo e beleza das roupas, grandes chapéus elaborados, muitas plumas e bordados (Da Belle Epoque) tornou-se mais simples e econômico, e também reflete a mudança do papel das mulheres na sociedade.

Isso porque as mulheres passaram a sair de casa e trabalhar. Ou seja, elas começaram a ter mais vida social fora de casa.

As bainhas foram ficando mais curtas, para uma maior mobilidade no trabalho. Os modelos ficaram “masculinizados” para a mulher trabalhadora, em contrapartida com o “estilo show” para a diversão.

Pois bem, os corsets foram “banidos”, as saias adquiriram drapeados suaves e ficaram estreitas na barra, se afunilaram ao ponto de cada passo feminino ser de 5 a 8 centímetros.
Todas queriam ter aspecto de escrava de um harém oriental. (Cada época com suas inspirações). Algumas até usavam calças de harém visíveis por baixo da saia, mas só as ousadas tinham coragem pois se chamava muita atenção na rua.

Beleza, agora vou te contar que as roupas também passam a ter influência do sportswear, já que era moda fazer alguma atividade física. #projetofit

Em 1913, uma mudança aconteceu: As golas não chegavam mais até as orelhas, havia o decote em V, que foi um escândalo, pois era uma exibição indecente e olha que loucura: os médicos diziam fazer mal para a saúde. (WTF?)

Quando a primeira guerra começou, surgiram então as famosinhas Madeleine Vionnete e Coco Chanel, as estilistas da nova silhueta feminina.

Aqueles tempos difíceis de guerra não permitiam extravagâncias. Entãoooo as roupas deveriam ser práticas, simples e sérias, em tecidos como flanela e algodão, baratos e duráveis. Montei um look na RCavallini:

E como a mulher passa a trabalhar, usam-se uniformes, as roupas passam a ser um pouco como conhecemos hoje: práticas e simples.
Assim, a Belle Epoque teve a moda abafada.

Para os homens (bem galãs, né?!), formalmente: sobrecasaca, terno e cartola, as calças eram curtas e estreitas e os jovens começaram a usá-las com a bainha virada e com vincos na frente, já que a máquina de prensar calças acabara de ser inventada.

Os colarinhos eram engomados e muito altos, retos em volta do pescoço. O que eu particularmente acho um charme!

As barbas eram pontudas e haviam generosos bigodes.

Os homens utilizavam peças de alfaiataria.

A vestimenta do dia-a-dia era o terno, terno e terno (calça, paletó e colete).
Durante o dia, cores claras – à noite, escuras. As gravatas na cor preta eram usadas nos momentos formais – origem do termo “black tie”.
Tentei produzir um pouco no meu amigo caikefs:

Vale dizer que a utilização de paletós, para cada tipo de evento se dava de acordo com o número de botões das mangas. Engraçado, né?!

A silhueta masculina trazia ombros largos, cintura marcada, calças ajustadas no tornozelo e coletes curtos. As camisas não tinham golas e punhos fixos. Elas eram removíveis (o que era bem bacana) e poderiam ter as cores trocadas.

E como ao passar do tempo as coisas mudam, no final da década de 1910, as peças se tornaram menos rígidas e mais soltas no corpo. (EU OUVI UM AMÉM?!)

A guerra abafou um pouco a moda, fato. Mas em 1919, as saias amplas foram substituídas por uma saia em formato de "barril", a tentativa era dar ao corpo feminino um formato cilíndrico.

Gente, mas a roupa de banho que foi uma verdadeira loucura! Causava escândalo porque os maillots (maiôs), diminuíam cada vez mais, chegando até às virilhas.